Nesta última segunda-feira (7) a cidade do Rio de Janeiro decretou o fim da obrigatoriedade do uso de mascaras em locais fechados. O decreto foi publicado em edição extra do Diários Oficial do Município.
O Rio de janeiro foi a primeira capital do país a desobrigar por completo o uso do equipamento de proteção individual conta a Covid-19.
Em publicação no Twitter, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou que o passaporte de vacinação deixará de ser exigido na cidade quando e vacinação com a dose de reforço atingir 70%. “Atendendo recomendação do comitê científico da prefeitura do Rio, edição extra do Diário Oficial nessa tarde libera do uso de máscaras em espaços abertos e fechados na cidade do Rio de Janeiro. Quando atingirmos 70% na dose de reforço, acaba também o passaporte da vacinação”, disse Paes.
Recomendações do comitê
Os especialistas recomendam apenas que o equipamento de proteção individual continue a ser usado por pessoas imunossuprimidas, com comorbidades de alto risco, não vacinadas e com sintomas de síndrome gripal. O uso também deve ser mantido por profissionais de saúde e em escolas.
Até então, a recomendação, ainda em vigor, era apenas para que o uso fosse compulsório exclusivamente em ambientes fechados.
Desta última segunda-feira (7) a recomendação é fruto do monitoramento dos indicadores da Covid-19 realizados na cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os pacientes com a doença representam, neste momento, menos de 1% dos internados em toda a rede SUS da capital, o que inclui unidades municipais, estaduais, federais e particulares conveniadas.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e membro da comissão que discute o combate ao coronavírus no Rio de Janeiro, Alberto Chebabo, o cenário epidemiológico da cidade é favorável para a mudança.
“Já temos segurança para retirar a obrigatoriedade de máscaras para a maior parte da população na cidade do Rio de Janeiro, mas ainda recomendando o uso para os grupos de maior risco”, disse Chebabo.
O Rio tem 83,8% da população total com a segunda dose da vacina contra o coronavírus, índice que sobe para 89,2% na população acima de cinco anos, faixa com autorização para o imunizante. Além disso, registra 42,3% da população total com a dose de reforço.
Na semana passada, o governo do Rio de Janeiro já havia desobrigado o uso de máscaras em locais fechados. No entanto, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), em meio a divergências de entendimento, vale a posição mais restritiva que, neste momento, é a do município. Na cidade, segue em vigor a exigência do passaporte vacinal.
Na quinta-feira (4), a prefeitura de Duque de Caxias, cidade de carca de um milhão de habitantes, na Baixada Fluminense, acompanhou decisão do Palácio Guanabara e também desobrigou o uso do equipamento no município.
Vale lembrar que a cidade do Rio já derrubou a necessidade do equipamento ao ar livre desde outubro do ano passado.
De acordo com o governo do Estado, a decisão é baseada na alta cobertura vacinal dos municípios fluminenses, que já vacinaram ao menos 75% do público-alvo com as três doses. Além disso, o comunicado também aponta um “baixo risco” para a doença e a menor presença da variante Ômicron no estado.
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