Oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pela morte de Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, no setor de dispersão do Sambódromo durante o desfile da série ouro do Carnaval de 2022. A menina foi imprensada entre um poste e um carro alegórico da escola Em Cima da Hora e, apesar de ter passado por uma cirurgia complexa, acabou falecendo. Os denunciados são o presidente administrativo da escola, o presidente e o diretor da LIGA-RJ, um engenheiro civil, um coordenador de dispersão, o motorista do caminhão reboque, o auxiliar de dispersão e uma integrante da LIGA-RJ.
De acordo com o MPRJ, as condutas isoladas ou conjuntas dos denunciados resultaram na morte de Raquel por imperícia, negligência ou imprudência. O carro alegórico necessitou de auxílio de um caminhão reboque para ser transportado da área de dispersão devido a problemas técnicos em seu motor. No entanto, a denúncia aponta que o reboque foi feito de maneira descuidada e em condições perigosas, uma vez que o carro não ostentava condições ideais de utilização e nem apresentava o equipamento exigido para viabilizar seu reboque com segurança. O carro desfilou sem autorização prévia do Corpo de Bombeiros Militar e não havia pessoas suficientes na área de dispersão aptas a orientar o condutor do reboque e escoltar a alegoria, bem como não havia fiscalização por parte da LIGA-RJ.
Flavio, Wallace, Cícero, Daniel e José foram denunciados por homicídio culposo qualificado. Rodney e Carla por homicídio culposo e Carlos Eduardo foi denunciado por homicídio culposo na direção de veículo. A denúncia foi distribuída para a 29ª Vara Criminal da Capital.
