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Em depoimento, a mãe de Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos, confirmou que sabia que a menina estava morta quando procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Coronel Antonino, no dia 26 de janeiro.
Stephanie de Jesus Da Silva e Christian Campoçano Leitheim, mãe e padrasto de Sophia, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado e estupro de vulnerável.
O laudo de necrópsia do corpo da menina, emitido pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), apontou que a causa da morte foi por traumatismo na coluna cervical e confirmou que a Sophia foi estuprada.
Na coletiva desta segunda, a delegada Anne Karine Trevisan informou ainda que durante o período que a menina estava em casa, já sem vida, a mãe e o padrasto tentaram criar uma narrativa que explicasse a morte. “Durante o depoimento, a mãe disse que a Sophia tinha passado mal, estava com a barriga inchada por ter comido muita maionese. O padrasto ficou em silêncio e não quis se manifestar”.
A quebra de sigilo telefônico do casal mostra que os dois sabiam das implicações da morte da menina de 2 anos e 7 meses e tentavam criar uma história para contar à polícia. “Inventa qualquer coisa, diga que ela caiu no parquinho”, escreveu o padrasto da criança.
O g1 teve acesso a dois boletins de ocorrência registrados por Jean Carlos Ocampo, pai de Sophia, ns quais ele relatou maus-tratos. O homem fez inúmeras denúncias no Conselho Tutelar e tentou conseguir a guarda nos últimos 13 meses.
Quando a morte da garota completou uma semana, Jean Carlos e seu companheiro, Igor de Andrade, falaram sobre a indignação com as autoridades que receberam diversos pedidos de socorro e que poderiam ter evitado a morte da filha.
Na casa onde a criança morava, bitucas e caixas de cigarro foram estavam espalhadas na varanda. Havia também garrafas de bebidas alcoólicas.