Flávio Bolsonaro planeja sua candidatura à Prefeitura do Rio e busca alternativa para o Planalto em 2026

São Gonçalo Informa
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Após a derrota do bolsonarismo nas eleições presidenciais de 2022, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já está elaborando sua estratégia para os próximos pleitos. Seus planos incluem sua própria candidatura à Prefeitura do Rio no próximo ano e uma alternativa para a Presidência em 2026, caso seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, seja declarado inelegível pela Justiça Eleitoral (TSE).

Flávio acredita que as acusações contra seu pai são “frágeis” e não impedirão sua candidatura, mas reconhece o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como a alternativa mais forte caso Jair Bolsonaro fique inelegível. Quanto aos planos municipais, o parlamentar afirma que a palavra final será de Bolsonaro e aproveita para provocar Eduardo Paes, atual prefeito do Rio:

“Errar duas vezes é humano, três vezes é burrice e errar uma quarta é Eduardo Paes.”

Quando questionado sobre a possível inelegibilidade de Jair Bolsonaro e seu impacto na direita, Flávio acredita que qualquer ato covarde contra seu pai sensibilizará as pessoas, levando-as a se engajar ainda mais na campanha de alguém que ele apoia.

Sobre a possível candidatura de Michelle Bolsonaro, Flávio diz que está longe para falar sobre isso, mas não acredita que ela concorrerá a um cargo executivo. No entanto, ele ressalta que ela é muito querida no Brasil e brinca que Deus pode tocar o coração dela.

Quanto à sua própria candidatura à Prefeitura do Rio, Flávio afirma que está trabalhando para isso, realizando reuniões e analisando pesquisas. Ele enfatiza a importância de ter um nome competitivo, pois a população não dará uma quarta oportunidade para alguém que não resolveu os problemas estruturais da cidade.

Sobre a relação com seu suplente no Senado, Paulo Marinho, que se tornou adversário de Bolsonaro, Flávio diz que é preciso olhar para frente na política e que conversará com Marinho em algum momento. Ele acredita que Marinho e Léo Rodrigues, seu segundo suplente, podem ser úteis em sua candidatura.

Flávio também menciona sua relação com o governador Cláudio Castro, afirmando que não há intriga entre eles e que Castro demonstra apoio à sua candidatura.

Ao ser questionado sobre suas investigações na CPI dos Ataques Golpistas, Flávio menciona que até o momento existem apenas vazamentos seletivos que reforçam uma narrativa, mas que o governo federal respeitou a Constituição. Ele planeja mostrar a omissão do governo nesse contexto.

Em relação a possíveis propostas de golpe, Flávio afirma que nada chegou até ele, mas que durante a campanha as pessoas falam de tudo e pedem apoio das Forças Armadas, e ele não irá discutir com cada uma delas.

Quando questionado sobre as acusações de fraude na vacina e o envolvimento do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, Flávio afirma que não sabe se Cid agiu sozinho, mas garante que seu pai nunca teve um cartão de vacinação falsificado nem autorizou alguém a fazer isso.

Sobre a investigação de rachadinha envolvendo seu irmão, Carlos Bolsonaro, Flávio alega que seu irmão provará que não tem relação com o caso, assim como ele próprio provou. Ele menciona que não há denúncia contra si e que Carlos já retomou o controle das redes sociais do presidente, após um período de afastamento.

Quando perguntado se votaria a favor da possível indicação de Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio diz que nunca conversou com Zanin, mas reconhece pontos negativos em sua ligação com o PT. No entanto, como advogado, ele vê pontos positivos na indicação de um profissional da área, independentemente de ser Zanin, por sua experiência tanto na defesa quanto na acusação.

Essas são as declarações e estratégias de Flávio Bolsonaro para os próximos pleitos, enquanto busca consolidar seu nome como candidato à Prefeitura do Rio e planeja uma alternativa ao Planalto em 2026, caso seu pai seja considerado inelegível.

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