Na manhã desta segunda-feira (4), três dias após a morte de George Vieira Sotelo — o “G da Força”, chefe do tráfico no Mutuá —, comerciantes da região começaram a retomar, ainda que com cautela, a rotina. O bairro passou o fim de semana sob forte tensão, após uma ordem do tráfico que impôs um “luto forçado”, determinando o fechamento do comércio local.
Desde sábado (2), ruas desertas, estabelecimentos com as portas abaixadas e medo generalizado marcaram o cotidiano de moradores e lojistas. A Escola Municipal Paulo Reglus Neves Freire, por exemplo, permaneceu sem aulas nesta segunda-feira.
Mesmo sob receio de possíveis retaliações, parte dos comerciantes decidiu reabrir suas lojas nesta manhã, dando os primeiros passos rumo à normalidade. No entanto, o clima ainda é de insegurança.
Nas redes sociais, circulam supostos comunicados atribuídos ao Comando Vermelho, determinando o fechamento total do comércio por sete dias, como forma de homenagem a G da Força, que era apontado como o principal líder do tráfico no Mutuá e Boaçu desde 2013.
A morte de George Sotelo ocorreu na última sexta-feira (1), durante uma operação da 72ª DP (Mutuá). Segundo a Polícia Civil, ele foi localizado em um comboio de motos ao lado de cinco homens armados que atuavam como sua escolta. Na troca de tiros, além de G, dois de seus seguranças morreram e três suspeitos foram presos — dois deles feridos.
A ação foi resultado de um trabalho de inteligência e monitoramento da Polícia Civil. Desde então, a Polícia Militar mantém patrulhamento reforçado nas ruas do bairro.