
O projeto “Mulheres da Parada”, que distribui alimentos através da iniciativa ‘Mercadinho Solidário’ para mais de 200 mulheres e suas famílias na Parada de São Jorge, no Sacramento, em São Gonçalo, passa por dificuldades. O principal motivo é a queda nas doações de alimentos e outros itens, o que ameaça a descontinuidade do ‘Mercadinho Solidário’. É o que explica a idealizadora e diretora-geral da ONG, Letícia da Hora.
“O que temos de estoque no momento serve apenas para este mês. O mercado tem produtos doados por amigos e colaboradores, ele é um projeto que nem todo mundo quer apoiar, mas o mercadinho auxilia a tirar do mapa da fome muitas famílias. Nós não temos outra fonte a não ser as doações”, conta.
Diana Fabrino faz parte do grupo de cinco que hoje compõem o time à frente do projeto. Ela conta que, na pandemia, o que a manteve alimentada foi o projeto.
“Cheguei aqui em 2020. Eu morava com uma amiga que tinha um filho pequeno. Depois, além de ser ajudada, passei a ajudar. Logo, eu pude me desenvolver. Tive a oportunidade de me tornar trancista através da capacitação que o projeto também desenvolve. Fui voluntária e agora faço parte do projeto, este lugar mudou a minha realidade”, relata a jovem, de 22 anos.
O projeto ‘Mercadinho Solidário’ tem um diferencial: permite que a pessoa possa escolher o que vai levar pra casa e cada família pode levar entre 15 e 20 itens, sem precisar pagar nada. As famílias que chegam ao local passam por uma avalição socioeconômica, são cadastradas e podem ir mensalmente ao local.
Além do ‘Mercado Solidário’, a ONG oferece empoderamento socioeconômico para as mulheres através de curso de capacitação, incentivo ao empreendedorismo e projetos voltados para o meio ambiente, saúde e bem-estar com a promoção das hortas comunitárias com plantas alimentícias não convencionais chamadas de PANCs.
Qualquer pessoa pode ajudar o projeto. Para mais informações, o Instagram é @mulheresdaparada.