
Dentro de 17 dias o Grupo CCR deixa de operar as barcas no estado do Rio de Janeiro. No Rio, a concessionária é responsável pela travessia na Baía da Guanabara, da Praça Quinze para Paquetá, Ilha do Governador e Niterói. O governo do estado anunciou em 2022 um acordo para prorrogar a concessão, mas até agora ele não foi homologado na Justiça. O contrato de concessão já foi anulado na Justiça.
Enquanto isso, o passageiro e, em especial os moradores de Paquetá, que têm as barcas com principal meio de transporte, ficam sem saber o que vai acontecer. A empresa já anunciou oficialmente que vai encerrar as atividades na Baía de Guanabara no dia 11 de fevereiro. Inclusive, com a dispensa de funcionários e fornecedores.
“Ainda não nenhuma alternativa efetiva colocada na mesa. Esse é um problema que não deveria ter chegado à situação onde chegou. Falta planejamento e falta transparência do governo, colocando centenas de milhares de pessoas em risco da situação de mobilidade, do seu direito de ir e vir ser afetado de uma forma dramática”, disse Serafini.
O Grupo CCR diz que o estado lhe deve cerca de R$ 1,3 bilhão, prejuízo que teria sido provocado pela quantidade de passageiros inferior ao que está previsto no contrato. A empresa diz que o sistema ainda não se recuperou da queda da pandemia e transporta cerca de 40 mil pessoas por dia.
Desde 2017, o governo do estado vem tentando dar uma solução para o problema das barcas, mas nenhum dos vários secretários de transportes encontrou uma alternativa. Em dezembro de 2022, o governo do estado anunciou que fez um acordo com a concessionária, para que o Grupo CCR ficasse mais um ano com o serviço. Só que o contrato já tinha sido considerado nulo pela Justiça.
Agora, o governo disse que na próxima semana está trabalhando junto com a CCR para homologar o acordo no Tribunal de Justiça para prorrogar o serviço.