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Teste de defesa da Terra feito pela Nasa vai colidir nave com asteroide

Com o objetivo de testar defesas contra ameaças à Terra, a Nasa, agência espacial americana, iniciará nesta segunda-feira (26) mais uma fase da missão Dart (em inglês: Teste de Redirecionamento de Duplo Asteroide), que pretende mudar a trajetória de um corpo celeste capaz de causar problemas ao planeta no futuro. Uma aeronave viajará a cerca de seis quilômetros por segundo em direção ao meteoro Dimorphos, pequena lua de 160 metros de diâmetro que ronda o Sistema Solar e, se tudo der certo, o impacto modificará sua órbita.

O resultado da colisão, prevista para ocorrer às 20h14 com transmissão ao vivo no canal da agência no YouTube, será medida por telescópios.

A proximidade com a Terra permite que especialistas em defesa planetária observem e meçam o impacto da sonda que atingirá o asteroide. A escolha da data foi proposital, pois a cada 770 dias, o Didymos, sistema onde o Dimorphos está localizado, fica a 11 milhões de quilômetros de nós.

Em 2024, a nave Hera, da Agência Espacial Europeia (ESA), visitará o aglomerado para analisar a colisão com mais detalhes. A missão utiliza elementos de energia cinética e será avaliada também sua capacidade de repetição para que seja estabelecida como uma técnica sólida.

O “alvo” da Nasa não tem risco de causar um “armaggedon” em si. No entanto, são conhecidos atualmente cerca de 25 mil asteroides próximos ao planeta, em escala espacial, que representam ameaça, mesmo com chances baixas – e isso é somente 40% do que pode ser o número total.

Segundo a agência, o sucesso da missão é fundamental para traçar um plano estratégico e realizar testes também em outros corpos celestes. “Estamos trabalhando para adicionar mais rochas espaciais ao nosso catálogo e, enquanto isso, tentando descobrir como garantir que nenhuma atinja a Terra”, disse Thomas Zurbuchen, integrante da diretoria de missão científica da Nasa, no lançamento da operação, em 2021.

Além de combater possíveis “agentes do apocalipse”, a Dart também está focada em desenvolvimento de tecnologia autônoma. Na sonda, foram implementados algoritmos que permitem a viagem sem um operador. Em caso de sucesso e bons resultados, a exploração espacial evoluiria em comunicação – ou o descarte da mesma. Atualmente, as informações enviadas às naves pelo comando demoram algum tempo para que cheguem, o que não permite controle em “tempo real”.

Fonte: Jornal Meia Hora

Imagem: Reprodução / Nasa